Facebook - O momento Placebo

sábado, 30 de abril de 2011

Cansei, mas quero dar a você o melhor de mim...


Olhar pros lados, ouvir brigas, reclamações por ter e por não ter, pessoas que amam pessoas reciprocamente ou não, relacionamentos de pessoas próximas a você ou de pessoas distantes, seus relacionamentos passados… Tudo isso te faz perceber que pessoas mentem, pessoas são algo e montam uma máscara completamente diferente pra só te mostrar depois de algum tempo.

Eu cansei de sempre querer algo com alguém. Cansei de tentar, tentar e quebrar a cara de novo. Cansei de buscas intermináveis e expectativas quebradas. Cansei de tentar dar tudo pra alguém e não receber nada... até você aparecer.

Eu quero que você seja a menina mais feliz do mundo ao meu lado, quero todos os seus sorrisos, quero que se entregue, confie e acima de tudo, tenha comigo o que ninguém nunca teve. Eu quero construir algo sólido, sem mentiras, sem desconfianças, sem desrespeito e tão pouco sem confusões. Quero dar a você o melhor de mim, quero te fazer a menina mais feliz do mundo. Não só quero, como sei que mesmo que demore, eu posso e vou conseguir...

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Promessas...


Já prometi estudar mais, ser menos teimosa, deixar meu quarto sempre organizado, ser uma filha ideal, não ser tão estressada, cuidar melhor das minha saude, voltar para a academia, parar de pensar em quem não pensa em mim, guardar dinheiro para viajar, não comer mais em fastfood, entender matemática e contabilidade, não tomar refrigerante, parar de beber e não mais fumar...
Prometi parar de prometer ou criar expectativas. Pois é, prometi e não consegui...

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Um Simples Toque


Agnes e Erick

Era fim de tarde, eu estava decidido a encerrar tudo aquilo, não suportaria nem mais um minuto com todas aquelas lembranças. Juntei tudo como pude, separando as coisas mais importantes daquelas que poderiam estar soltas. Coloquei tudo dentro de uma caixa e arrumei para que nada pudesse ser quebrado ou perdido no caminho, apesar de saber que dentro de uma caixa nada daquilo poderia ser perdido ou quebrado. Acho que estava fazendo aquilo mais para provar que eu era capaz de me concertar sozinho, de encontrar minha plenitude e saber se eu era tão forte quanto costumava dizer e transparecer pelo mundo a fora.

Ao terminar de arrumar tudo não pude deixar de sentir aquela costumeira sensação de 'lar', de estar indo para o lugar mais perigosamente seguro de que eu tinha lembrança. Só que dessa vez eu não teria aquele abraço confortante, aquelas palavras conselheiras e tão pouco aquele olhar pacifico, com o qual eu encontrava paz em meu mundo de guerra. Diferente de antes, dessa vez eu tinha apenas um coração partido, uma caixa cheia de lembranças e uma expressão indecifrável no rosto. Sem esquecer da esperança que eu mantinha de que meus olhos não entregassem que por trás de toda aquela frieza, existia alguém encolhido em um canto escuro do quarto chorando e gritando desesperadamente para que eu voltasse atrás naquela decisão.

Peguei meu casaco, minhas chaves e minha carteira, segurei a caixa com um dos braços, mantendo-a próxima a lateral do meu corpo e segui meu caminho até a casa de Agnes. Como sua casa era a poucos quarteirões da minha, decidi ir caminhando. Fazia frio aquela tarde, um típico inverno se aproximava, algo raro por essas bandas da cidade, mas em um dia como este eu não acharia nada estranho ou incomum, eu não queria pensar em nada. Desejava apenas me concentrar no que eu deveria fazer, em como eu deveria me comportar e em como eu tinha ensaiado aquele momento mil vezes a cada segundo desde a decisão.

Durante o caminho era quase impossível esquecer de cada momento desde o inicio, tudo parecia um filme e eu sentia que talvez aquilo fosse um sinal de que a morte se aproximava, não literalmente obvio, então eu parei de tentar controlar meus pensamentos e deixei tudo fluir e ir sendo lembrado até que nada mais existisse para ser lembrado. Quem sabe assim não pudesse estar apagando e formatando todas aquelas memórias, todos aqueles sentimentos irracionais e inúteis.
Ao chegar, respirei fundo e rapidamente enquanto discava seu numero, eu ensaiei e lembrei mais uma vez de como eu deveria me portar.

Antes que eu pudesse continuar com todo aquele bla bla bla interno, ela atendeu ao telefone com uma voz de surpresa e indiferença, afinal não imaginada nada do que eu estivera planejando a dias, tão pouco poderia imaginar que eu estava do lado de fora de sua casa, pronto para encerrar qualquer vinculo. Conversei e fiz perguntas obvias sobre ela estar ou não em casa, se ela poderia atender ao portão e conclui dizendo que estava lá e precisava apenas deixar algo com ela. De inicio ela relutou um pouco para ir ou não, sem dizer se tudo bem ou não, mas acabou indo falar comigo.

Observei seus passos desde sua casa até onde eu me encontrava, seus olhos me fitavam como quem tentava entender o que estava acontecendo antes mesmo de precisar ouvir qualquer coisa. Ao mesmo tempo sua expressão era de uma total irritabilidade e descrença, como se estivesse muito assustada e surpresa com o fato de eu estar ali mesmo, mas no geral a sensação era de total indiferença.

Ela abriu o portão, mas enquanto destrancava me olhava nos olhos como se buscasse no fundo da minha alma o que aquilo realmente significava, olhou para a caixa-pacote em baixo do meu braço e finalmente ao abrir, ao invés de um convite para entrar, ela se posicionou do lado de fora fechando o portão atrás de si.
Eu perguntei como ela estava e ela respondeu que tudo estava bem, fez a mesma pergunta de forma curta e em seguida disse:
- Não sei o que quer aqui, também não sei se estou fazendo bem em vir aqui e dar ideia para essa sua maluquice, mas ainda sim quero deixar claro que só estou aqui te atendendo, porque sei que não iria embora e isso poderia me trazer maiores problemas depois.
Disse em um tom seco e rude, como se estivesse falando com um estranho qualquer ou marginal com o qual ela não deveria se comunicar. Sentia-me como um doente em quarentena com o qual ninguém deveria chegar perto para não se contaminar, mas engoli e ignorei aquelas palavras e apenas olhei para ela, talvez buscando a verdadeira Agnes que um dia eu havia conhecido e pela qual tanto amei e lutei. Mas eu não a encontrava, tudo o que eu via era aquele esboço físico de quem um dia ela foi, tudo o que eu enxergava era alguém com um ar pesado ao seu redor, agindo como uma pessoa soberba e mesquinha. Tudo o que eu conseguia encontrar era egoísmo e rancor naqueles negros olhos, sem brilho, sem vida, sem Agnes.

-Não tomarei o seu tempo, tudo o que eu preciso é apenas dizer que se você diz, como sempre diz e afirma, que eu não deveria mais lutar por você, acreditar em nós e que eu deveria encontrar a minha paz... Bem se eu preciso seguir a minha vida e não mais interferir na sua falando sobre o quanto sinto sua falta e a amo. – segurei com ambas as mãos a caixa e estendi para que ela pegasse – Se eu devo fazer isso tudo, então eu não devo ter nada que me lembre você. Para eu aceitar que você não mais pode estar comigo, eu preciso acreditar fielmente que você nunca existiu ou que você está morta. E como ainda sim conviver com a sua lembrança me trás dor e saudades, eu terei que fingir que você nunca existiu e que você morreu, pelo menos iludir a mim e ao meu coração de que isso aconteceu. E se um dia eu te ver por ai, não precisa me cumprimentar, pois eu direi a mim mesma que fantasmas não existem, são coisas da minha cabeça.

Ela segurou a caixa e puxou das minhas mãos, ao fazer isso reparou que eu estava com meu casaco manchado e que aquela mancha ainda estava fresca, como se tivesse sido causada há pouco tempo. Ela abriu o portão, colocou a caixa do lado de dentro e voltou com uma expressão diferente, todo aquele ar de indiferença deu lugar a um olhar preocupado.
Então ela disse: - Não acredito que você fez isso por aquela garota, ela nem se quer é sua namorada de verdade. Nunca desconte em você, a dor que uma idiota causou no seu coração. Ela não merece nem as suas lágrimas, imagina o sangue das tuas veias...
Então ela segurou meus pulsos levantando minhas mangas e ficou observando meus braços, ligeiramente disfarçando a angustia e indignação com o que esta vendo. Ela podia ser o motivo daquilo tudo, mas não fazia ideia disto, ou talvez fizesse, mas se recusasse a acreditar ou aceitar.

Sem muita demora, após um breve minuto de silêncio, eu respondi de forma prática: - Você não sabe do que está falando, ou você sabe? Eu ainda me recuso a crer que seja tão tragicamente cega e tola.
Rir de uma forma descrente e enrustida, como se estivesse rindo apenas para mim e não para que ela também pudesse ouvir.

Impaciente e com um tom de irritabilidade, ela respondeu: - Você não deveria dizer nada disso, você não está em posição de dizer o que é certo ou errado, o que é coerente ou incoerente. Você nem se quer está sabendo se cuidar, como poderia saber se alguém está ou não correto?!

Sem permitir qualquer espaço para outro julgamento ou discussão, eu respondi:
- Não julgue uma pessoa que esteve além dos limites de um ser humano, se essa pessoa fez algo que não devia, ela devia ter um bom motivo pra isso. E sabe talvez ela esconda coisas que nem mesmo Deus conseguiria traduzir ou suportar... - apos uma pausa eu completei-... Eu só me arrependo, por ainda agora, me irritar mais pelo fato de você continuar cega e não querendo aceitar ou entender o que esta acontecendo aqui. Do que com o fato de que você estar agindo como se isso importasse pra você, enquanto diariamente é você a responsável por 90% da sensação de nada, ou lixo, que eu fico me sentindo. Mas infelizmente dentro do meu coração você nunca será uma idiota, não importa o que aconteça, não importa o que você diga. Só que, desta vez eu realmente passei dos meus limites, agora eu preciso apenas seguir. Encontrar minha paz e mudar um pouco como eu sou, afinal eu nunca mudo não é mesmo?! De qualquer forma agora sei por que não demos certo, você sempre confundia e embaralhava o que eu dizia, nunca conseguia enxergar o que realmente significava aquilo e não sei se um dia conseguirá. Espero que um dia compreenda pelo seu próprio bem...

Disse com certa dor enquanto olhava em seus olhos, mas ao mesmo tempo com um ar frio, seco e indecifrável. Então olhando por de trás dela, ao perceber que alguém estava nos observando, eu puxei meus braços, me soltando daquela que um dia fora meu grande amor, dei um ultimo beijo em sua testa como costumava fazer a tempos e em seguida me afastei um pouco, deixando apenas o silêncio e o risco de sofrer com o peso que a realidade e a verdade nos trouxe, desviei um pouco o olhar e fui embora dizendo: -Adeus. e nada mais. Estava decidido a nunca mais voltar, insistindo que aquilo era o fim, que ela estava morta agora e que eu nunca mais deveria falar com ela, enquanto eu repetia em minha mente: "Fantasmas não existem!" por inúmeras vezes. Ouvi quase que um sussurro de algo semelhante a um pedido de perdão. De qualquer forma eu estava indo, estava indo como um soldado que vai para a guerra e sabe que não vai voltar, e realmente eu estava indo pra não mais voltar...
(...)

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Desde aquela noite


Eu fui surpreendida de todas as formas possíveis
Quando você entrou na minha vida e levou toda a dor embora,
Eu estava acostumada com a minha solidão
Não percebia a vida lá fora, então você tirou tudo de mim

E eu admito que foi um longo caminho até agora
E eu posso ter errado uma ou duas vezes no caminho de volta,
Mas eu tentarei fazer a coisa certa dessa vez
E eu queria que você soubesse que eu adoro o jeito que você sorri

As vezes perdemos muito tempo
Sendo fortes e lutando contra isto,
E não há nada a se perder além de tudo que ganhamos,
Então eu garanto que eu não desistiria tão facilmente
Eu suportaria isso, aguentaria tudo
Se você me dissesse que poderíamos fazer disso algo bom

Porque talvez nunca exista um jeito melhor para dizer
Que talvez eu estivesse errada
Quando eu dizia não saber lidar com nada disso antes,
E agora que o que eu quero e o que eu preciso
Se tornaram as mesmas coisas
Desde aquela noite eu me sinto bem quando você está aqui

terça-feira, 26 de abril de 2011

Um simples Toque


Epílogo:
(...)
Eu não poderia escrever se não tivesse passado pelo que eu passei. E eu não poderia ajudar ninguém, eu não poderia reconhecer essa dor em outra pessoa, se eu mesma não a tivesse experimentado. E talvez por isso, eu acredito que, eu não mudaria nada. Porque se eu mudasse, eu não seria quem eu sou. E eu acho que esse é o momento de clareza, quando você é capaz de enxergar e entender isso tudo...
(...)

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Realidades...


É difícil acordar e sentir esse vazio, esse buraco dentro do peito, essa espécie de nada. Definitivamente existem sensações piores que a morte, penitencias maiores que o próprio inferno e soluções mais difíceis do que a própria vida...
É, eu tenho andado confusa e perdida, mas não, eu não vou desistir!

domingo, 24 de abril de 2011

O mar de vertigens


O mar de vertigens

Observamos o mar e em seguida a chegada da noite
Falavamos, contando casos e vertigens
Nada poderia tornar algo triste tão divertido
E mesmo quando eu quis rir, não me foi permitido
Pois você sabia de verdade o que eu sentia
E não havia nada que fosse capaz de estragar aquele momento.
Não, talvez eu ainda não seja o exemplo de perfeição
Mas você enxergou através disto e me mostrou que existe coisas boas
E quando eu queria me sentir um monstro, você permaneceu ao meu lado
Contando e falando sobre casos e vertigens
Observando o mar e lembrando as quantas vezes que isso acontecia com você também...

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sábado, 23 de abril de 2011

2 anos e 11 meses

Um suicídio ao contrário, gera o processar de um poema.
Um suicídio realizado, é a concretização dos versos escritos.




E eu duvido que alguém entenda melhor de autodestruição do que eu, mas quando penso sobre isso, sinto que estou mascarando o verdadeiro motivo. Sinto que estou escondendo minhas verdadeiras vontades, meus cortes, minhas cicatrizes e por fim, minha própria vida. O suicídio às vezes parece uma oportunidade em meio ao desespero, é como uma mãe repleta de conforto, segurança e alivio que está ali de braços abertos a sua espera. Às vezes o suicídio é atraente aos nossos olhos como uma mulher sedutora, deixando a mostra todos os motivos para cair em tentação. Mostrando toda beleza que podemos alcançar com isso. Mas suicídio só é bom quando deixa de ser uma tentativa, não deveria existir o: "tentar" suicídio. Quando a pessoa quer morrer, nada deveria impedir que ela conseguisse aquilo. Porque quem não consegue, passa a se sentir ainda pior, passa a se sentir inútil, incapaz e ainda mais solitário. Passa a se sentir alguém incapaz de conseguir atingir um único e simples objetivo, o desejo de morrer.

O suicídio não é o medo pelas criticas, não é a insatisfação com a vida em si, e tão pouco a falta de razão ou emoção. O suicídio faz parte de uma grande satisfação em torná-la morte, é isso mesmo, transformar a vida em morte. E não é covardia cometer suicídio, na verdade é preciso uma grande coragem para deixar a vida e encarar a morte, e realmente me parece necessário ter bastante força também, pra alcançar tal objetivo. O suicídio é uma oportunidade em meio ao desespero de se ter respostas, de possuir mais motivos ou nenhuma razão, suicidar-se é o ato mais honroso de querer desaparecer e poupar todo mundo da sua existência. E a simples idéia de suicídio, ajuda a suportar as tantas noites más que temos durante toda a nossa vida. O suicídio é a prova de que existem males maiores em vida do que a própria morte, e minha própria resignação diante dos fatos já é um suicídio cotidiano. A própria vida já é um suicídio a longo prazo, como as drogas e o álcool que tanto tenho consumido do ultimo ano pra cá.

Claro, acredito que se, quando estivessem tristes escrevessem sobre suas dores, sobre a violência, o rancor, a amargura e a injustiça, sobre até mesmo à vontade de cometer suicídio. Se todos transformassem suas feridas em literatura, talvez chegássemos a um ponto em que elas existiriam apenas no papel. Mas nunca é tão fácil ou simples como parece, e uma coisa eu tenho aprendido, e vos digo: O primeiro grande suicídio que cometemos é quando nos permitimos amar alguém. O segundo é quando perdoamos todas as falhas e continuamos a viver por aquela pessoa. O terceiro é quando tudo acaba e a pessoa, que te jurou amor eterno, nem se importa se você esta bem ou não, mas ainda sim você se preocupa e se importa com ela. Então, não cometa suicídio pelo mesmo amor mais de três vezes.

E sabe por quê? Por que as loucuras, os sonhos e as lágrimas farão você cogitar a idéia de tentar cometer suicídio todos os dias de sua vida, a partir do momento que você se vê sem aquela pessoa. Mas o amor esteve lá, mesmo sendo curto e o esquecimento longo, ele ainda esteve lá ao ponto de silenciar sua voz. E se aqueles sorrisos se tornarem a própria morte com o tempo, se aquele olhar for como um inverno jamais visto antes, se aqueles lábios forem como navalhas cortando sua carne de dentro pra fora, incansavelmente até que você não suporte e comece a gritar silenciosamente dentro de si.  Por fim, se aquele corpo que era tão seu, se tornar como um cadáver para o seu, ainda quente, aceite como um fúnebre adeus no fim da tarde. Onde encontraremos apenas a fiel solidão, a cômoda indiferença e a confortável distancia como companhias.

Talvez neste instante eu não esteja mais sozinho, mas não posso deixar os muitos que precisam sozinhos. Porque eu compreendi que não é covardia para comigo mesmo cometer suicídio, mas sim, é covardia com aqueles que me amam e que se preocupam comigo. Talvez por isso penso que a minha obsessão pelo suicídio é um eterno paradoxo. Não desejar viver, mas também não poder morrer, minha atenção nunca se afasta dessa dupla perspectiva. Dessas possíveis escolhas arrependidas e repreendidas...
Talvez eu esteja morrendo no amor e me suicidando para o mundo, talvez eu esteja desistindo da vida e quebrando qualquer contrato com o destino. Talvez eu esteja começando a desistir de você, não só por mim mas por todos aqueles que merecem o meu melhor, e procurando minha própria paz...
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sexta-feira, 22 de abril de 2011

Não gosto dos meninos // Trailer

The End, it's over.



Suicídio, do latim sui (próprio) e caedere (matar), é o ato intencional de matar a si mesmo.

Albert Camus escreveu certa vez: "O suicídio é a grande questão filosófica de nosso tempo, decidir se a vida merece ou não ser vivida é responder a uma pergunta fundamental da filosofia."

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Protege-moi de mes désirs

But God, what goes around comes around and back around.
Protect me from what I want...

Um Simples Toque


Era fim de tarde, eu realmente não queria falar sobre o que eu havia feito a poucos dias antes, acho que uma temporada em um quarto branco já tinha sido mais do que o suficiente pra eu cair na real de que se eu tivesse que fazer algo, teria que fazer direito. Sophia estava ao meu lado naquela tarde, ela não parecia nada bem, era como se tivesse passado noites sem dormir e seus olhos demonstravam que ela havia chorado por algum tempo. Era inevitável fugir do assunto, mas eu queria poder fazê-lo, não estava bem pra falar sobre nada naquele momento, eu sinceramente só queria poder ficar ali imóvel e em um estado de inércia observando o fim do dia chegar, mas Sophia não merecia nada daquilo e eu sentia dentro de mim que ela precisava de algumas respostas sobre o que esperar do futuro.
Foi quando eu decidi quebrar o silencio e falar alguma coisa.

-Acho que vamos ter um pôr-do-sol realmente interessante hoje. Não acha?
Disse em um tom suave e delicado, com um tom humorado e pratico.

-Não me venha falar sobre o tempo, se é que ainda temos tempo. Você é tão confuso e complicado Erick, a gente nunca sabe o que esperar de você. Às vezes quando tudo parece bem, você vai e mostra que ninguém nunca ira te conhecer de verdade. Isso machuca todos ao seu redor, é a atitude mais egoísta que um ser humano pode ter, é a decisão mais covarde que alguém pode tomar.
Ela respondeu seria, como se tentasse segurar algo dentro de si, talvez ela quisesse chorar ou talvez quisesse apenas ser sensata e firme no que precisava dizer.

-É que eu sou tão chato, errado, imperfeito, bagunçado, tão cheio de defeitos que às vezes é bem difícil acreditar que alguém poderia gostar de mim... É bem difícil imaginar que eu poderia realmente merecer algo na vida. Eu joguei fora a única coisa que era boa em mim, eu perdi a única coisa que tinha importância pra mim. - Respondi com um ar inexpressivo - Mas tudo bem pra todo mundo isso, vocês não se importam, o importante pra vocês é que eu pense no que há de errado em eu chegar aos meus 90 anos comigo mesmo, não é? Porque o que me rasga por dentro pouco importa, desde que eu esteja aqui suportando tudo e arrumando a bagunça de todo mundo. Eu apenas não consigo mais ser tão boa e tão ruim ao mesmo tempo, talvez eu seja mesmo egoísta e covarde talvez isso fosse à única coisa que ela sabia com toda certeza sobre mim.
Eu disse em tom rude, neutro e inexpressivo. Meus olhos ferviam através da revolta e do ódio, meu coração disparava ao cogitar dizer aquele nome.

-Não há problema nenhum em você chegar aos seus 90 anos apenas com você, o problema é você chegar a essa idade com você mesmo, sabendo que tem tanta gente que te quer e que te da valor! Que realmente se importam com você, que te amam com todas as suas imperfeições e qualidades.
Ela disse com um ar defensivo e melancólico, como quem sente doer só de imaginar um mundo sem minha presença. Disse como se tivesse levado um tapa e estivesse tentando se defender.

-Talvez as pessoas realmente me dêem algum valor, mas não sei ao que dão valor. Eu não vejo nada que realmente mereça algum valor, eu sou apenas um bastardo e miserável. Incapaz de fazer ate mesmo as pessoas que eu amo, feliz. Não vejo motivos pra alguém gostar de mim de verdade.
Respondi novamente em um tom seco e inexpressivo, com a certeza de que estava com aquela expressão indecifrável no rosto.

-Que isso, há muitas pessoas que gostam de você. É só que talvez você esteja olhando pro lado errado.
Ela disse em um tom sereno enquanto me observava com um olhar amável e tristonho ao mesmo tempo.

-Ou talvez seja só que eu não esteja mais conseguindo ou querendo olhar pra lado nenhum...
Senti meus olhos lavarem toda a inexpressividade do meu rosto, dando lugar a aquela típica expressão infantil e costumeira de tristeza e dor. Uma dor tão profunda que silencia.

-Olha, eu acho que... Não deixa...
Ela me puxou pra perto de si e me envolveu em um abraço amigável e repleto de carinho, talvez por não saber o que dizer. Talvez por entender que não há nada a se fazer, mas ainda sim, ela escolheu a melhor maneira de me confortar naquele momento. E talvez naquele momento fosse tudo o que eu precisava...


quarta-feira, 20 de abril de 2011

Talvez eu esteja errada...


A minha vida inteira eu tentei me expressar de forma clara, objetiva e focada. Mas nem sempre consegui passar realmente o que eu queria passar, na verdade acho que nunca consegui ser clara o bastante. Ate quando eu tentei criar algo que mantivesse vivo o que eu sinto, o que tinhamos, tudo ficou parecendo ser mais um julgamento ou algo fora de sentido, algo turvo e sem motivos, talvez eu nunca tenha levado jeito com a escrita e fico aqui me iludindo e criando esse monte de bobagem, esse monte de lixo poético que só piora as coisas. 
Acho que a melhor coisa que eu faria por mim e todo mundo, seria me manter inerte, imovel em um estado vegetativo, como se eu nunca tivesse existido. Acho que isso seria o melhor pra todo mundo, talvez se eu deixasse de existir ou sumisse pra nunca mais voltar, talvez isso sim seria a única coisa boa que eu faria na vida por mim e por todos. Principalmente por você.
Não sei, não é mais apenas uma questão de não conseguir ou saber como lidar com isso, é uma questão pessoal agora. Talvez eu esteja louca, mas meus médicos e familiares são muito mais loucos por me deixarem com tantos remédios e laminas ao alcance das mãos, engraçado como a tarja preta simboliza a insanidade e também pode simbolizar o luto.
Talvez eu esteja errada, talvez eu esteja enlouquecendo, talvez não...

segunda-feira, 18 de abril de 2011

A Moda Antiga


Existem coisas que são inexplicáveis, uma delas é o sentimento que eu tenho por você, evitar a felicidade com medo que ela acabe é o melhor meio de ser infeliz, por isso resolvi tentar ser feliz com você, tentar viver um sentimento verdadeiro contigo, saber o que é a paixão ou amor... E apesar de eu ter hoje saber que da sua parte era apenas paixão, orgulho e talvez ate um pouco de status.
Mas eu também aprendi que quando a gente ama tem que se preocupar em ser feliz, e eu queria ser feliz ao teu lado, que era aonde eu achava ter certeza sobre a felicidade, e tenho mais certeza ainda que posso te fazer feliz mesmo apos tudo aquilo! Não sei se existe felicidade perfeita, mas ao teu lado eramos perfeitamente felizes!
Estar ao teu lado renovava os meus dias, gostaria de poder estar contigo todos os dias da minha vida. Sentindo teu calor, teu beijo, sentir tua pele na minha, e todas aquelas coisas que faziam parte do 'nós'.
Essa saudade que sinto de você, é tão constante quanto os segundos que compões o tempo, tempo que nos separa e nos uniu um dia. E quanto maior a distância, maior é a minha vontade de ficar perto, a distância impede que eu te veja, mas não impede que eu goste de você, e a distância, a sua falta, e essa saudade que me matam são o que me fazem te admirar, te adorar, e amar ainda mais você. E eu sei que pra você tanto faz, você me julga como a consciencia do proprio Judas, mas jamais para pra se colocar no meu lugar...
Sei que vai demorar até que eu esteja bem novamente, por isso vou devagar, agindo com calma e nunca desistindo de tentar, pois o amor não é só medido em tempo, mas também em momentos e atitudes. Sei que, de uma coisa eu tenho certeza, serei sempre uma eterna amante de você, e quando foi que me tornei tão envolvida assim? Não sei, talvez no primeiro abraço? No primeiro beijo? No primeiro olhar? No primeiro toque? Não sei, não sei mesmo! Só sei que enquanto houve espaço dentro de mim, vou ter e manter esse sentimento por você, e vou guardar todo o meu carinho e respeito por você. Onde ninguém poderia tirar, tocar ou alcançar... talvez eu seja uma tola masoquista. Ou talvez eu seja uma arcaica amante, que vive aquele tipo de amor hollywoodiano... não sei, não sei mais o que sou ou estou me tornando.
Mas garanto que sera em algo melhor, melhor do que sou hoje, melhor do que fui ontem, o melhor de sempre pra sempre...


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domingo, 17 de abril de 2011

...


 
Uma resposta intencional para promover o bem-estar em resposta a quem gerou um mal-estar.

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sábado, 16 de abril de 2011

Desabafos...


Se você quer ligar, ligue, se você quer chamar no msn, chame, se você tem algo pra dizer, diga, se você ama, demonstre, se você não quer nada, não iluda, se você quer chorar, chore, se você sente saudade, procure, se você quer, corra atrás. Mas não a faça te esperar, só porque você sabe que ela vai... e eu continuo esperando.


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sexta-feira, 15 de abril de 2011

Prometheus



"Encobre o teu Céu ó Zeus
com nebuloso véu e,
semelhante ao jovem que gosta
de recolher cardos
retira-te para os altos do carvalho ereto
Mas deixa que eu desfrute a Terra,
que é minha, tanto quanto esta cabana
que habito e que não é obra tua
e também minha lareira que,
quando arde, sua labareda me doura.
Tu me invejas!
(...)
Eu honrar a ti? Por quê?
Livraste a carga do abatido?
Enxugaste por acaso a lágrima do triste?
(...)
Por acaso imaginaste, num delírio,
que eu iria odiar a vida e retirar-me para o ermo
por alguns dos meus sonhos se haverem
frustrado?
Pois não: aqui me tens
e homens farei segundo minha própria imagem:
homens que logo serão meus iguais
que irão padecer e chorar, gozar e sofrer
e, mesmo que sejam parias,
não se renderão a ti como eu fiz."

-Goethe-

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Um simples Toque



- E se eu te disser que talvez eu nunca possa te amar como você deseja que um dia eu ame?
Eu disse, ainda com um ar melancólico e distante.
-Eu só poderia aceitar e permitir que você fosse feliz com quem realmente vá te fazer feliz. Quando decidir estar com outra pessoa sei que em primeiro lugar você desejaria estar feliz consigo mesmo e eu sei que estará, porque eu estarei aqui por você. - Ela disse de forma honesta e direta - E sabe, com o tempo você me ensinou e eu aprendi, que é preciso mais que amor para um relacionamento dar certo, entendi porque eu ainda acredito e aposto em um relacionamento a dois com você, aceitei que por mais que nem tudo seja perfeito somos bons um com o outro e respeitamos/aceitamos um ao outro e por isso sei que podemos dar certo... Não importa o que aconteça, não estou apenas conjecturando ou falando da boca pra fora como muitas pessoas já fizeram antes, eu prometo a você que ainda estarei aqui por você, mesmo quando decidir se vai ou se fica, porque o que eu sinto por você está muito alem do amor de uma mulher. O que eu sinto ultrapassa até mesmo meu amor próprio, mesmo que você sempre me lembre e repita que eu deveria me amar em primeiro lugar, eu te amo mais que a mim e não quero jamais ser motivos de arrependimentos. E eu sei que te amo mais do que qualquer coisa e através do tempo, acredito eu, que seja algo realmente importante.
Ela sorriu, com seus olhos marejados pela emoção. Aparentemente ela parecia ter gasto bem mais que palavras e pensamentos, era como se ela tivesse gasto toda a sua energia confessando aquilo.

Sem saber ao certo se o que eu sentia era vergonha ou emoção, eu voltei a dizer: - Mas e se eu nunca puder amar você com a mesma intensidade ou sentido? Isto com certeza lhe traria algum tipo de dor ou magoa e...

Sem permitir que eu terminasse, ela respondeu:
-Talvez você não se lembre desta passagem em especifico, mas 'Os homens do teu planeta - disse o principezinho - cultivam cinco mil rosas
num mesmo jardim...e não encontram o que procuram...'. Pois bem, eu não quero cultivar ou conhecer mil outras rosas, pois estou cuidando da minha própria, cuidando da única que realmente tem algum valor e importância na minha vida, estou cuidando da única pessoa que eu amo. Mesmo que você me odeie por isto, preciso dizer claramente que eu amo você, amo você em cada defeito e em todas as qualidades, amo você pelo que você sempre foi e é, pelo que você sonha ser e por cada pequeno detalhe que vivemos no nosso dia a dia. E apesar de nunca ter usado essas três palavras antes, eu não poderia me imaginar um dia se quer na vida sem ficar com você, e eu não poderia viver sabendo que eu jamais te disse isso, esta seria a maior magoa que eu carregaria na minha vida com ou sem você ao meu lado.

Ela me puxou para seus braços e me deu um beijo, de leve, na testa. Me prendendo em um abraço que transmitia a sensação de segurança e ternura.
E ainda que estivesse sem voz e engasgada pelos nós que se formavam em minha garganta, eu procurei me manter firme e controlado.

-Eu já te amei como uma boa amiga, eu hoje te admiro como mulher e sinto um desejo pela sua presença, uma vontade de te ter por perto... - sussurrei em seu ouvido, tentando parecer mais focado do que realmente estava - Eu antes diria que agradeço e estou com você por nunca ter dito que me amava, apesar disto ser claro, mas eu gostava da forma com que me tratava e respeitava minhas opiniões e vontades de nunca mais ouvir falar disso, viver sem dizer isto. Eu gostava da forma com que você se preocupava e se importava com meus sentimentos e dores, evitando usar estas palavras que por tanto tempo simbolizaram dor e sacrifícios em vão...

Fiz uma pequena pausa, não sabia se era pelo que acabava de dizer ou se era pela forma que passava a enxergar aquela menina diante dos meus olhos. Tão entregue e plena de seus sentimentos e desejos, eu jamais havia imaginado ter algo tão bom quanto real, assim tão perfeito pra mim.

- Mas hoje eu agradeço por você me amar, digo isso sem medo ou arrependimentos.
Eu disse pausadamente, tentando deixar tudo claro o suficiente, mas não ilusionario como poderia se tornar, caso eu não soubesse me expressar.
Como se fosse a primeira vez, nossos olhos se cruzavam de uma forma intensa, ao mesmo tempo como se fosse a ultima chance ou a ultima vez de declarar o amor a alguém, as palavras pareciam sair silenciosas e emboladas.
- 'Eu não tenho necessidade de ti e tu não tens necessidade de mim. Mas se tu me cativas, teremos necessidade um do outro. Serás para mim, única no mundo. E eu serei para ti, único no mundo.', como diria O Pequeno Príncipe.
Eu espero que saiba o que realmente está fazendo guria, jamais desperdice ou jogue fora o que tens cativado dentro de mim. Pois se ainda não te amo, talvez falte muito pouco para que isso aconteça. Para que isso seja como você realmente merece que seja!
Eu conclui, sentindo todas aquelas duvidas e medos se dissolverem em meio a verdade e certeza que fluía da minha boca.

E assim a menina se aninhou nos braços de seu amor e agradeceu por finalmente ter alguém que esteja disposto a proteger e ama-la como ela é, porque mesmo que este sentimento não seja totalmente reciproco e equivalente ao que sente, ele estava disposto a acreditar e tentar se entregar a este novo amor de agora pra frente.

(...)

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Um simples Toque



Fim de tarde, o sol estava prestes a se pôr, eu distraído e sentado sobre o capô do carro, peguei-me pensando alto e confessando o quanto eu precisava falar a verdade. Não percebi sua aproximação quando...

-É eu acho que preciso falar com você... Falei, distante e vagamente olhando para o nada.
-Não pensei que tivesse me visto chegar, queria te fazer uma surpresa. – Ela disse com um olhar curioso, como quem tenta decifrar o que meus olhos queriam dizer de verdade. E então, finalmente ela disse: – O que tem a dizer, eu posso saber?
Ainda em meio ao choque de sua chegada, respondi explicitamente incomodado:
-Não é nada, eu estava apenas pensando alto e você chegou, realmente de surpresa, e acabou ouvindo.

Um silêncio dominou todo o local, mas não aquele tipo de silêncio constrangedor, mas sim um silêncio que parecia conversar com a gente. Começamos a caminhar por aquele imenso gramado, era outono e todo aquele verde estava colorido com um tom avelã desbotado e triste, silencioso e totalmente indecifrável.

-Bom, eu não vou a lugar nenhum até que me diga o que precisa conversar comigo. Eu tenho bastante tempo e não imaginaria melhor momento para conversarmos, pode começar. Fala!- Ela respondeu sem deixar espaços para qualquer tentativa de fuga ou desculpa sobre tempo ou momento ideal.
-Era bobagem. Sabe, às vezes eu falo de mais e isso nem sempre é bom.. E eu sei que posso conversar com você, mas se conversar com você sobre determinadas coisas, vou falar de mais e isso pode não ser nada bom. -Disse pausadamente, como se estivesse selecionando as melhores palavras naquele momento.
-Olha se não quiser mesmo tudo bem, mas eu realmente gostaria de escutar o que tem a dizer. Porque mesmo que eu diga que vou deixar pra lá, a curiosidade é mais forte e eu vou querer saber mais cedo ou mais tarde. - Ela disse com um ar sincero de quem realmente não se importaria de responder algumas perguntar, ou prestar atenção no que eu precisasse falar.
-Olha tudo bem, mas depois não diga que eu não avisei. São coisas que queria apenas falar e perguntar. Não pelas respostas em si, mas por medo de você mudar comigo. - Fiz uma pequena pausa para tomar folego -  Então se quer mesmo que eu fale, preciso de uma garantia de que respondera sinceramente a todas as perguntas, além de depois dizer-me o seu lado ou o que pensa sobre o que tenho pra falar. -Eu disse tudo de uma forma tão direta e rápida, que era como se eu tivesse ficado sem respirar até terminar de falar todas as condições para tal coisa.
-Tudo bem, eu prometo tentar!  –Ela disse, de forma pratica sem deixar espaços para questões como "mas e se" ou qualquer coisa que pudesse me dar uma chance de desviar do assunto. Em seguida, antes que eu pudesse dar continuidade a todo aquele bla bla bla mental, ela completou dizendo – Foca no assunto.

De inicio eu juro que nem eu sabia ao certo o que estava falando ou sobre o que, se estava falando sobre como eu me sentia, como eu enxergava certas coisas ou se era sobre o que eu esperava de nós dois. Mas após algum tempo falando sobre o assunto ‘nós’, eu percebi que talvez ela tivesse os mesmos medos que eu, que pensasse a mesma coisa que eu e que estávamos ligados de mais para simplesmente desaparecermos da vida um do outro.

- Eu tenho um certo medo de me apegar e/ou você se apegar demais a mim. Como você disse, eu posso terminar ou não, ficar com você ou não. E eu sei que se algo acontecer vou ficar um pouco triste, falar algo que talvez não seja bom pra você ouvir... Então acho que não tem muito que fazer, sabe... É só que eu tenho medo de te magoar , dar esperanças e não acontecer nada e como eu já falei, desisto de fazer planinhos. Tenho medo de ficar triste, me machucar duas vezes e te deixar pior, eu sei que brinco com lances de namoro e casamento. Não sei o que passa pela cabeça nessa hora, mas é bom brincar e ao mesmo tempo ruim...
E enquanto ela dizia, parecia estar buscando do fundo de seu coração, em meio a pausas, o que realmente sentia medo, com o que realmente ficava insegura e o porquê de, por muitas vezes, agir de uma forma diferente comigo.
-Também tenho um pouco de medo da gente se magoar com isso, pela questão de se apegar de mais ou criar expectativas alem da conta. Mas não queria que sentisse medo, porque se depender de mim eu não poderia jamais machucar você, não me imaginaria de nenhuma forma fazendo isso com você. – Disse tentando parecer mais confiante do que eu realmente me sentia, por um minuto tive medo de estar afastando ela para longe da minha vida, medo de que estivesse assustando-a com tudo aquilo. - E eu acho que já estou gostando muito e de você, acho que já me apeguei. Eu não sabia o que era sentir saudades a muito tempo, e eu sinto saudade de cada detalhe em você. Da forma que me olha, do seu cheiro, da maneira com que me abraça e eu acho que já estou em um nível, que não importa o que façamos você ainda continuaria sendo algo bom pra mim. Então não me machucaria com você, porque eu não permitira que algo 'ruim' apagasse o quanto bem você me fez e faz bem.

Ao terminar de falar, notei que ela parecia estar distante, como quem busca e observa memorias de um tempo passado, esperei em silencio enquanto observava cada contorno de seu rosto, como se estivesse memorizando e fotografando cada detalhe naquele momento. Tive medo de que fosse um sinal de algo ruim,
 que fosse o fim ou que aquilo fosse um sinal de adeus.
 - Eu já machuquei muito sem querer e se eu terminasse eu não.. Bem, eu não queria ter nada sério por enquanto, e o meu medo é gostar tanto de você que não pudesse controlar isso e acabasse quebrando as promessas que fiz a mim mesma...
Ela disse com certo cuidado, como se estivesse moldando a forma de cuspir cada palavras.
-Não te obrigo a nada, se terminássemos hoje eu manteria apenas as coisas boas. Mas eu gostaria que você depositasse um pouco de confiança em mim, um pouco de fé. Que você se permitisse um pouco mais e de repente tentasse não ficar com tanto medo, quanto parece ficar, quando esta perto de mim, que não tivesse medo do que pudesse acontecer ou não entre nós. E quando a algo mais serio, eu mesmo não estou pronto pra nada disso agora, e também sei que não esta. Se isso tivesse que acontecer, seria apenas quando eu tivesse certeza do que quero e sentisse que você também tem certeza do que quer ter ou não comigo.
Falei de uma forma pratica, sem muitas voltas, não queria tornar isso pior do que já caminhava a ser.
-Entendo. - ela disse de uma forma fria. - E foi bom você ter falado, eu estava com essas coisas na cabeça e acho que agora estou mais aliviada. Fico feliz de saber que não fugiria ou me abandonaria de jeito nenhum, apesar das minhas duvidas ou incertezas. E me desculpa por não ter falado sobre isso antes, é que eu geralmente espero a outra pessoa falar ou só falo quando chego no meu limite. E eu prometo tentar melhorar as coisas e mudar algumas coisas no meu jeito.
Eu admito que não sabia se havia entendido exatamente o que aquelas palavras queriam realmente dizer, mas não queria pensar nisso naquele momento, eu queria apenas aproveitar e acreditar que coisas melhores estavam por vir.
-Se algum dia gostar muito de mim, da forma que sente medo que um dia goste.. Bem, eu ficaria feliz em saber, cuidaria pra que não sentisse tanto medo de nada comigo. E eu não mudaria nada em você, pra mim você é complexamente linda exatamente como você é!
Disse sem pensar duas vezes, aliviada pelas palavras fluírem de forma racional e clara.

E assim ficamos sentados assistindo o fim do dia chegar, dando boas vindas aquela noite tão especial e magica.
(...)

terça-feira, 12 de abril de 2011

Realidades...

E sabe porque eu não me importo mais com quase nada? Porque a vida é curta de mais pra eu ficar perdendo meu tempo com bobagens, quero curtir, me divertir, quero amar e ser amada. Eu quero aproveitar tudo que existe de bom, quero viajar e realizar meus sonhos, quero aprender com as dificuldades que eu venha a enfrentar e quero saber que apesar das responsabilidades cotidianas, ainda sim, eu poderei chegar no fim da vida e admitir: É, valeu a pena!

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Um simples Toque


Agnes e Erick

- Sabe que eu não consigo te imaginar triste?
Ela disse com um tom sereno e desinteressado, deixando claro que era apenas uma opinião própria e nada mais.
-Não?! Porque não consegue?
Ele respondeu, perguntando ao mesmo tempo com um tom de surpresa e ironia, era difícil acreditar no que acabara de escutar.
-Ah, porque você sempre quer colocar as pessoas pra cima. Sempre fica tentando entender as pessoas e isso faz você parecer ser a pessoa mais bem resolvida do mundo!
Seu tom era de seriedade e ternura, como se ela estivesse tentando dizer algo por trás daquilo. Mas ao contrario de falar qualquer coisa, ela simplesmente ficou quieta e aguardou pela resposta dele.
- Eu nem sei o que dizer, eu não digo que sou infeliz, mas as vezes eu queria parar de pensar mais nos outros e cuidar um pouco mais de mim, ou talvez ter alguém que cuidasse de mim porque saberia que eu cuidaria dela em troca...
Ele fez uma pausa como se estivesse sendo devastado pela honestidade de suas palavras, então concluiu:
- Eu acho que sinto falta do amor, de amar e ser correspondido mesmo que em menor escala.

Nem mesmo ele poderia imaginar o que havia acabado de confessar, ele nunca se permitiu estar ou ficar tão exposto assim, não era algo que ele estava acostumado a fazer. Ele se perguntava se talvez não era esse o motivo que levava todos a não se preocupar em perguntar se ele estava bem ou não, mas sim em ir direto ao ponto de interesse deles. Afinal, ele não transparecia possuir magoas, tristezas, frustrações ou dores. Ele não demonstrava ser um ser humano como qualquer outro, fazia parecer que ele era mais que isso, como se fosse um andróide ou algum Olimpiano caído.

Então, antes que todo aquele blá blá blá interno pudesse tomar conta, ela o interrompeu:
- Bem, é verdade, é isso mesmo, acho que todo mundo precisa disso pra viver Erick. Mas assim, você acha que se ela chegasse em você , você cederia?

Ela perguntou com total receio de que suas palavras pudessem despertar algum tipo de raiva ou lembrança indesejada a ele. E após algum tempo, ele respondeu com firmeza e melancolia:
- Eu acho que eu já estou rendido antes mesmo dela pensar em existir pra mim, mas tenho certeza que isso seria algo improvável de acontecer também. Ela não faria isso, definitivamente ela não teria coragem e nem vontade de ter qualquer coisa que fosse comigo. Ela não me ama, acho que nunca amou e é apenas isso.

Dizer aquilo estava matando ele por dentro, não apenas por estar se expondo de tal maneira a alguém, mas também por sentir que admitir aquilo tudo parecia o mesmo que esmagar o próprio coração. Aquilo tudo era uma imensa confusão em sua vida desde o início, e quando tudo que ele planejava deixou de existir as coisas só pioraram. Mas antes que ele pudesse deixar involuntariamente alguma lágrima cair, antes dele demonstrar qualquer traço de rachadura em seu perfeito sorriso, ela o segurou pelas mãos de forma firme enquanto acariciava seus dedos com o polegar.
Então começou a falar, com tamanha ternura e compreensão em sua voz, que fez ele lembrar de sua mãe ao tentar convence-lo sobre coisas certas a se fazer.
- Isso é realmente triste, lamentável ate, porque você merece absolutamente tudo que deseja, merece porque é algo puro e que vem do coração. - Ela fez uma pequena pausa como se estivesse tomando folego, concluindo - Mas sabe, uma vez um cara muito inteligente e decido me falou que a vida era como um jogo de xadrez, mas que o amor era como um jogo de poker. E que em ambos, só era de fato o fim, se você desistisse de jogar ou perdesse as esperanças, se parasse de planejar como conseguir aquilo. Esse cara me ensinou que era preciso planejar, acreditar e ter coragem pra realizar cada movimento ou aposta. E que se a gente mantivesse a coragem, o entusiasmo e a fé, tudo era possível e ate mesmo uma partida perdida poderia revelar surpresas e nos oferecer alguma glória. 

Ele mal podia acreditar que estava escutando suas próprias palavras através dela, era como ouvir suas crenças e esperanças infantis sendo lembradas como velhos cantos de heróis e suas aventuras na Grécia antiga. Ele pensou em dizer algo, mas deixou que ela terminasse sua própria lição de vida.

- Então eu espero que mesmo com o coração tão massacrado, que aquele cara consiga enxergar a sabedoria e o conforto que suas palavras possuem pra quem as escuta. E que ele possa ouvi-las, porque ele tem todas as respostas e é inteligente o bastante pra dar a volta por cima e ganhar esse jogo!
Ela parou por um instante e fitou o ambiente ao redor, como se buscasse qualquer ajuda para se fazer ser escutada, mas logo em seguida olhou em seus olhos e voltou a dizer:

-Acima de tudo, eu e muita gente, confiamos e acreditamos nele, admiramos seus ideais, seus princípios e toda aquela forma arcaica e cavalheira que ele tem de conversar, o exemplo que ele oferece de como todos deveriam agir. E nós amamos esse cara, não queremos mais vê-lo sempre tão distante e isolado, tão triste e decepcionado com tudo e todos, nós queremos o nosso Erick de volta, e queremos que ele volte a enxergar um lado ou algo bom independente da situação que fosse. Porque é isso o que ele sempre fez e nos ensinou a fazer.

Quando ela, a Agnes, terminou seu discurso quase que tropeçando nas palavras, ele pode sentir que seu nariz começara a ficar quente e seu rosto úmido pelas lágrimas que desciam silenciosamente. Mas ela não esboçou medo ou surpresa, apenas limpou as lágrimas que desciam sem parar dos olhos de Erick. Até que finalmente ela deixou que as lágrimas continuassem a cair e desviando o olhar para o céu, ela lhe disse:
- Nunca achei algo vergonhoso ou demostração de fraqueza o fato de um homem chorar, muito pelo contrário. No seu caso, inclusive, acredito que seja muito além do que outros casos. - Ela fez uma pequena pausa dando um suspiro mais profundo e de forma pratica continuou - Chore e permita que esse oceano de tristeza abandone o seu corpo, deixe principalmente que a sua alma seja limpa e purificada por essas lágrimas tão puras e verdadeiras.

Ele deu apenas de ombros enquanto soltava um sorriso meio torto e desalinhado, um sorriso tão diferente e natural com o qual ele já tinha se desacostumado a ter. Erick sabia que ela era importante e percebeu que quase sem querer, a partir daquele momento ele ficou feliz e orgulhoso pela sensação de estar deixando algo bom para as pessoas, deixando algo que era um pouco dele e de todo mundo. Ele percebeu que não vivia apenas por algum propósito egoísta e fútil, mas que estava vivendo por todos que precisavam dele.
Percebeu que sua vida não estava sendo em vão como acreditava, pode entender que as vezes o amor vem de uma forma diferente, mas mesmo assim não deixa de ser uma forma de amar boa o bastante, o que pra ele era mais que o suficiente. Erick sabia o quanto um amor não correspondido poderia machucar, sabia como por vezes ele salvara a sua vida e em como ele sempre esteve ao seu redor, principalmente na forma da natureza ao seu redor. Ele sorriu por um momento, sentiu seus olhos ficarem marejados, novamente de forma involuntária,  mas não se importou se as lágrimas voltassem a cair. Então, ele apenas manteve um sorriso sincero nos lábios e um olhar repleto de ternura por toda beleza que existia ao redor dele e de Agnes. E aquilo bastaria por aquele dia, porque o amanhã seria um dia diferente e novo. 

(...)

domingo, 10 de abril de 2011

...


Você me virou as costas a tanto tempo que eu não sei mais se vale a pena me importar, não é questão de desistir, mas sim de não perder mais minhas noites chorando por você, é questão de não desperdiçar o dia trancada no quarto pensando em nós e em tudo que vivemos, é questão de não mais passar noites e noites em claro dormindo cada vez menos, pelo fato de sentir uma dor quase física quando o assunto é você. É questão de respeitar meus próprios limites...

E é ironico que a única pessoa que poderia me fazer feliz/ bem é a mesma pessoa que me deixa triste e solitário, com essa sensação de arrependimento e angustia... Mas de qualquer forma, eu sempre fui aquela que morreria por você, e todos sabiam disso, menos você, que parecia não enxergar o mais obvio sobre mim. E é nesse ponto que eu percebo qual a melhor coisa a se fazer, acabar com as ilusões ou deixar que elas acabem comigo, porque é incrível como alguém diz não estar nem ai, mas em seguida tenta me acusar e julgar como se eu fosse algum tipo de politico hipocrita ou o proprio judas...

E eu já perdi a conta de quantas vezes me peguei imaginando com uma segunda chance, o que fariamos e como tornariamos todos aqueles nossos sonhos reais. Imaginei os lugares que sonhavamos conhecer, enquanto sentadas sobre a calçada fingiamos que não existia um mundo ao redor. Imaginei a nossa casa em cada detalhe, detalhes desenhados sobre a folha de um caderno. Imaginei se uma atitude minha poderia mudar algo, mesmo agora, mesmo sabendo que você já colocou um ponto na nossa história, pelo menos na sua parte. Imaginei que talvez algumas coisas acabem, apenas para recomeçar depois, mas me enganei não é?

Você já começou e terminou muitas historias depois da nossa, você me fez acreditar que o que tivemos não importou pra você, você me faz desejar morrer.
Então isso não pode ser amor que eu sonhei viver, o amor deveria ser algo bom e verdadeiro pra nós dois, mas no nosso caso, não foi...




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sábado, 9 de abril de 2011

Sensações...


Fico confusa com a forma que você age comigo. Um dia está bem, me trata bem e é como se eu fosse o seu mundo. E, em outro, você me trata como um nada, fico me sentindo um lixo, fico me sentindo um nada pra você.

E ta difícil levar as coisas desse jeito, ta muito complicado entender você ou o que você quer de mim. Não sei o que quer, não sei se quer que eu faça algo ou diga, não sei nem se você me quer ao seu lado mesmo ou se só precisa de alguém pra se distrair as vezes. Seu silêncio está me enlouquecendo. Então por favor, me diga o que você precisa e o que você realmente quer, de forma clara, sem medo e duvidas. Me diga ao menos se me quer contigo ou não. Eu preciso saber, eu preciso viver, eu preciso esquecer...


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sexta-feira, 8 de abril de 2011

Entre as nuves



Entre as Nuvens
 
Alto, tão alto quanto possível
Não é difícil imaginar um fim,
Mas um salto de lugares altos
Modifica algo na vida das pessoas que te cercam

Baixo, vivendo por baixo de toda verdade
E cada momento justifica nossos papeis
E as vezes é tão fácil amar você
Então você torna tudo tão difícil

Exagerando ao seu lado até a luz se apagar
Eu não posso dormir com a luz acesa,
Mas eu não posso sonhar com  toda essa escuridão ao redor

Voando alto, pois a sensação de liberdade me sufoca
E em meio a estas correntes eu vi o seu valor desabrochar,
Mas admito que já não é tão divertido tocar as estrelas
Agora que a sensação de vertigem toma conta

Mas tudo bem, porque no fim eu sempre estarei voando novamente...


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quinta-feira, 7 de abril de 2011

Realidades...



Penso que entre o céu e o inferno aqui estamos
Desprovidos de proteção
Ameaçados com perdão
Acostumados com o pecado
Violados pela incerteza
Indignados com o amor
Sem sentir mais ou sentir menos...

quarta-feira, 6 de abril de 2011

...


E ficamos nesse vai e não volta, nessa indecisão de uma certeza, na negação de uma vontade, na indiferença de um sentimento. Eu te amo e você me ama, mas o nosso amor não é o suficiente para nos unir, pelo menos não agora. Precisamos de algo que ainda não temos, e talvez nunca venhamos a ter. Porque eu preciso ser minha antes de ser sua, e você precisa ser sua antes de ser minha. E talvez nunca possamos fazer isso, porque eu já sou sua a muito tempo e você foi minha durante algum tempo, não sei se é mais...
Mas você é da menina que conheceu e sentiu atração apesar de sempre ter me dito que não era nada e que ela não era ninguém, e eu agora não quero nada e nem quero conhecer ninguém em uma balada qualquer da vida, na verdade eu nem gosto de nada disso mais... Somos tão diferentes, mas tão completos quando estamos um ao lado do outro. Poderíamos ser tão felizes, poderíamos ser tão amor, poderiamos ter tudo! Porque o tudo pra mim é você, o tudo pra você deveria ser eu, deveria...
E é por isso, cada texto de amor que eu escrevo é pensando em você, é pensando nas diferentes formas que eu poderia ter de tentar conquista-la novamente, pensando em um jeito de mostrar e provar que eu sempre amei você e que eu jamais desisti de nós, tentando mostrar que eu apenas não era forte para acreditar que eu era boa pra você o quanto eu desejava ser... eu pensei que não merecesse você, eu pensei que um dia poderia perder você... eu pensei de mais e esqueci de sentir, de escutar meu coração, e isso me destruiu. Esta me destruindo...
As vezes me pergunto porque prometeu me amar pra sempre, se esqueceria de tudo no dia seguinte. As vezes eu só queria entender porque, apesar de eu ter lhe entregue o maior tesouro de todos, meu coração, e ter levado calor e fogo ao seu mundo, para ascender e iluminar sua vida, você impiedosamente faz de mim um martirio como o de Prometheus desmotes, me mantem de alguma forma viva e presa a você e todos os dias estilhaça meu coração que como um figado se regenera em nome desse amor que sinto. Talvez eu seja tola, mas quem algum dia conseguiu controlar seus sentimentos e decidir a hora que eles deveriam começar ou deixar de existir?

terça-feira, 5 de abril de 2011

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Sensações...


O melhor dessa noite é que não estamos brigando, mas eu acho que você pensou que eu era indestrutível, forte como uma rocha, até que você assistiu enquanto eu desmoronava.
Bom, eu posso ter falhado, eu sei que você pensa que não estou tentando, que não estou me esforçando, mas eu tenho te amado desde o começo e é difícil falar sobre isso com você, enquanto você me mantem do lado de fora.
E se você pudesse me ouvir, eu só queria poder dizer que você é o tipo de garota única, impossível de encontrar, pela qual eu poderia me apaixonar pelo resto da vida. Então não me faça mudar de idéia sobre as esperanças que tenho com você, não me faça desistir de você nunca. Porque apesar de eu, sempre ser de falar muito pelo medo de não ser o suficiente, eu apenas tentei parar quando não havia mais razão na angústia, quando eu não me sentia suficiente pra você. Tão insuficiente que parecia que a qualquer momento você iria desistir...
Mas tudo bem ,você pode continuar colocando a culpa em mim, porque enquanto pacientemente esperei escutar as palavras que você nunca disse,  descobri que o amor é mais que simplesmente segurar as mãos e caminhar na praia. Que o amor é aquilo que mesmo quando temos todos os motivos para não mais amar, continuaremos amando. E eu ficaria triste se nosso amor fosse em vão, então eu espero que você veja que eu adoraria amar você por toda a minha vida. Mas antes, eu preciso de uma garantia, se eu me apaixonar por você, preciso que prometa ser honesta e verdadeira comigo, que me ajude a entender sobre todas essas coisas que eu nunca soube antes de você, que me ajude a entender um pouco mais sobre você...