Com nada
Não há nada que eu possa fazer? Nenhuma jura que faça com que fiques? Não existe algo que queira ver ou que precise neste momento? Sejas honesta consigo mesma e afirme mirando em meus olhos que o que desejas é realmente parti, saiba que ao partires estará partindo um coração bondoso também. Deixa que todas as mentiras e atrações mundanas se tornem distantes e esquecíveis, pois todas essas tentações são enganosas e atrativas a olhos inocentes. Escuta quem já viveu em meio a todas as cobras e hienas, onde a todo o momento era picado e presenciava todos os risos debochados por trás de amigos e amantes. Onde do alto das árvores sobre galhos estorcidos e velhos, de forma quase poética, os corvos grasnam entre impropérios e injuria fazendo a pequena menina encolhe-se no frio, apenas aquecida pela obscenidade do cante. Isto é, os corvos grasnam, algo que soa ligeiramente aonde os sons não chegam a palavras, mas permita que do alto das árvores sobre galhos estorcidos e velhos, presenciem que efêmero é apenas nosso momento de separação.
Lembra-se de todas as coisas que fizeste por mim, mas vos esqueceis de forma cruel de todo o sangue que derramei em teu nome. De todo o pequeno e tímido gesto que procurei tomar em nome de nosso sentimento. Procuras lembrar que teu cacto ínfimo talvez tenha crescido e gerado outros pequenos. E nesta ausência que me corrompe o peito, meus olhos firmes e frios ao encontrar lembranças tua complexamente escorrem por todo rosto abaixo, ficam a pairar entre as nuvens e a terra lembrando toda humanidade aprendida com o tempo. Ainda não acredito no que tuas palavras dizem e da forma como me jogastes em um limbo, sem pensar se quer em como eu cairia num torpor sem sonhos que me afasta de mim. E minhas mãos onde nada já se segura, sem vida o olho pisca ao negrume enquanto carrego na boca o azedo da rejeição, estou adormecendo por fim...
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