Meus suplícios
Às vezes sinto como se já não fosse eu,
Como se tivesse perdido o mais importante de mim.
Jogado, largado, maltratado e pisado, ninguém sabe a verdade.
Todos julgam com tanta razão, às vezes penso “serei talvez o culpado?”
Eu busquei por tanto tempo ser tudo que esperavam de mim,
O orgulho da família, a pessoa ideal no amor, o amigo mais leal e companheiro.
Acabei esquecendo de fazer as coisas por mim, de viver por mim...
O orgulho da família, a pessoa ideal no amor, o amigo mais leal e companheiro.
Acabei esquecendo de fazer as coisas por mim, de viver por mim...
Agora estou assim, eu me lembro de um Deus, e ele dizia que sempre estaria aqui.
Contos infantis, lendas e mitos antigos, não existe ninguém por aqui...
O fim dos dias chegará?
Se chegasse, ao menos saberia por quanto tempo continuaria assim.
Onde estará a terra prometida? Onde está o julgamento final?
A gente morre por si só, a gente sempre esteve sozinho, não é mesmo?!
Ainda sim preferimos acreditar que existiria alguém por lá...
Preferia acreditar que existia alguém que estaria aqui por mim,
Preferia acreditar em um julgamento final a passar pelo que vivo,
Preferia acreditar em nada a viver com tantas descrenças e decepções.
Eu vivo sem olhos, ouvidos ou boca, sem braços ou pernas.
Eu perdi minha cabeça, eu atirei meu coração no deserto.
Sem calor, sem amor, sem valor e assim eu vou seguindo...
E eu vivo, se é que isso é estar vivo, em um momento de suplícios.
Eu vivo cada momento, eu aceito meu martírio e desisto do placebo.
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