São três da manhã e dizem que essas são as horas mortas,
Seriam tão mortas como a chuva sobre meu peito?
A solidão me atinge da morte até a próxima vida,
Eu sou a sombra de algo que costumava conhecer bem.
Agora eu danço lentamente um tango solitário a dois,
Sobra somente, sobre a mesa, mais uma garrafa de vinho vazia.
Alguns sorrisos para a noite e eu me sinto bem estando tão perto,
Porque eu sou o fantasma de algo que você costumava conhecer
E eu era mesmo boa em ensinar isso a você, doce nostalgia.
Enquanto eu canto uma velha canção espanhola,
Tão velha e triste como os olhos daquele espelho...
Eu canto sobre corações que um dia bombearam o mais puro
amor,
Mas que agora deram lugar a pedaços quebrados e uma história
vazia.
Eu deveria esquecer o amor e convidar a solidão a entrar
Ou deveria deixar isso me consumir de novo e de
novo?
Eu deveria ter mais medo de amar ou mais medo de sufocar de novo?
Pois a solidão vai ficando comigo, me envolvendo até o amanhecer
do dia
E o amor vai se tornando apenas uma história velha e tola... O erro é meu?
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