Uma bela vida
Tão moderno quanto antiquado
Deixar que invadam o que lhe pertence.
Mas, ora, que outra escolha teria?
Se aquilo que denomina seu, de fato nem é.
Politicamente correto,
Que cruel destino esse de externalizar o que convém.
Ser liberal para deixá-la evadir de si,
Intimamente enganado pela certeza do possuir.
A liberdade ofertada em troca de responsabilidade
E o destino é traçado além do horizonte e dos olhares.
Então fica vagando por aí como alguém que não teme nada,
Quando na verdade é um lobo solitário a espera da lua amada.
Que bela vida arranjastes...
Multiplicando peixes e repartindo o pão,
Transformando a bebida em suas orações.
Apenas para saciar a gula de poucos
e embriagar-se até a próxima ocasião.
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