Facebook - O momento Placebo

quarta-feira, 16 de março de 2011

Apresentação:



Há algum tempo me perguntaram por que eu havia abandonado a escrita, porque eu decidi abrir mão do meu dom ou porque eu simplesmente não contextualizava as milhares de idéias e teorias que eu criava a cada instante. Porque não escrever sobre o meu ângulo de visão sobre as muitas das coisas que para todos era como um fato isolado e sem meios de exploração, mas que a meu ver existiam outras soluções e saídas. Um lado bom, mesmo nas piores situações, como uma lição ou mensagem que aquela situação poderia passar ou precisava ensinar a quem estivesse vivendo aquilo.
Assim como antes diante de tal pergunta eu responderia: Não sei por que deixei de escrever, acho que pelo medo do poder existente nas palavras. Acho que a tristeza que sinto pelas mentiras que se escondem em cada entrelinha, talvez ate mesmo pelo medo de que esse suposto dom seja de alguma forma uma maldição. Existe uma responsabilidade grande em abordar determinados assuntos e métodos, e escrever para mim nos dias de hoje é como uma terapia, um meio de colocar tudo pra fora.
Às vezes me sinto como um psicólogo que escuta, aconselha e observa as melhores soluções para os problemas alheios. Que dita uma visão e solução geral, por estar do lado de fora da situação, muitas das vezes, aquelas soluções obvias. Mas que mesmo sendo tal profissional, não é capaz de resolver seus próprios problemas, nem de enxergar a natureza deles ou o melhor jeito de resolvê-los.
Espero junto do caro leitor esclarecer ou reforçar essa visão ainda particular e ate mesmo egoísta que tenho sobre os motivos que me levam a escrever. Espero terminar esta obra me tornando o mocinho da minha própria historia e não o monstro que existe dentro de cada um de nós. Monstro esse que pretendo deixar guardado e trancado em um lugar tão fundo que eu só volte a pensar nele ou usá-lo quando realmente for necessário, como uma necessidade de visão mais radical e egoísta sobre determinados assuntos, ou mesmo como arma para defender aqueles que amo.

Termino deixando para vocês a seguinte frase:
“Se um rei mandar um servo virar uma gaivota e ele não obedecer, de quem é a culpa?”
Saint Exupèry no livro O Pequeno Príncipe

Pois afinal o culpado não é o servo incapaz de transmutar-se em pássaro. Mas sim de seu senhor que ordena algo impossível e irreal para um simples humano. Exigir dos outros mais do que possam oferecer é egoísta e irreal, leva apenas frustração e sensação de incapacidade ao próximo.

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